terça-feira, novembro 16

Eu queria que tivesses orgulho em mim

A tua falta custa-me tanto, eu sinto-a a todos os momentos, não passo um segundo sem desejar ter os teus braços a minha volta, sentir o teu beijo e ouvir-te dizer-me amo-te. Mas custa tanto, nem imaginas o quanto, se soubesses o quão dificil é me controlar e não perder as forças, chorar e chorar, ainda hoje isso aconteceu, cheguei à escola e perdi todas as forças, senti as lágrimas correrem-me pela face abaixo, ontem o mesmo, a meio de uma aula, saí a pressa, para não mostrar fraqueza a ninguém, mas ao pé de ti, não me consigo fazer de forte, eu queria tanto mostrar-te que sou forte, queria que pelo menos uma vez na vida sentisses orgulho em mim, eu queria que ficasses contente por algo que tenha feito.
Eu queria tanto ser forte, mas isto é mais forte que eu, tão mais forte. Eu tento pensar noutras coisas, e às vezes ainda me destraio, mas depois chego a casa, esta casa tão vazia, ponho a nossa música e choro ao relembrar tudo, choro por não te ter, choro por não conseguir ser forte por ti, choro porque doe demais.
Eu queria que tivesses orgulho em mim, desculpa. Queria poder ser tudo o que sempre quiseste, queria poder não ser tão fraca, queria..

Até te conseguir esconder estas lágrimas

Parece que ainda ontem eras uma parte de mim, eu costumava estar tão alta, costumava ser tão forte. Os teus braços à minha volta, tudo parecia tão bem, como se nada me pudesse arrasar, como se nada pudesse correr mal. Essas palavras tão suaves, eu acreditei em tudo, contei-te tudo, deixei-te entrar na minha vida e não queria que tivesses saído dela. Fizeste-me sentir bem uma vez na vida, agora tudo o que resta de mim, é o que eu pretendo ser, pareço estar bem, mas por dentro completamente desfeita. Ver-te agora apenas me mata, mas mesmo assim ainda o faço, devo ser masoquista, pois esta dor é a única que ainda me permite viver (é mais sobreviver). Agarrada às pequenas memórias que me deixaste, e agora?
Agora não consigo respirar, mal me consigo aguentar. Aqui estou eu, mais uma vez, partida aos bocados. Não posso nega-lo, não posso esconde-lo, só de pensar que eras o tal. Despedaçada, mas vou lutar até te conseguir esconder estas lágrimas.

segunda-feira, novembro 15

Quero deixar...

De cada vez que me beijavas, tocavas, dizias que gostavas de mim, de cada vez que me acalentavas a esperança eu sorria! De cada vez que te via perto de mim, sorria. E agora? Agora nem sei se te quero ver à frente, sinto-me sem esperança, senti-me como um boneco, e não gostei, nada mesmo. Gostava tanto quando me prometias o para sempre, e dizias que me amavas, esta ultima sensação que me proporcionaste foi a pior de todas, foi uma sensação de uso, (nojo de mim própria!) sei que é errado pensar isso, nunca foi isso que quiseste transmitir, acho eu, ou foi?
Sinceramente, o que eu mais preciso agora é de respostas, respostas em que me digas toda a verdade, de uma vez por todas! Eu quero parar de sofrer, quero parar de chorar todas as noites só por não te ter, quero parar de te amar!
É isso que mais quero, deixar de te amar! Deixar de ver-te nos meus sonhos todas as noites, tal e qual príncipe encantado. Quero deixar de te desejar a meu lado, e de sonhar acordada contigo, onde construo o tal futuro que um dia me prometeste.
Mas acima de tudo, quero deixar-te ir.

sábado, novembro 13

Mais uma vez, encontro-me a ouvir aquela música. Sim, aquela música que me enche de recordações, lágrimas e sorrisos ao mesmo tempo. Sentada no parapeito da janela, mirando a lua em plena noite, tão bela que está hoje, e de fundo apenas aquela música. Que me tranquiliza e agoniza, que me entristece e alegra, que me faz mal e bem! Parece que te acabei de descrever, ai meu amor, se soubesses o que já chorei por ti (já perdi a conta), mas também as vezes que já sorri contigo, que já sonhei contigo, que já fui feliz contigo! Todos os dias, sempre meu amor!Ai meu amor, sempre, mas sempre vou gostar de ti.
Tenho outra confissão a fazer, sou tola por te amar tanto, mas de mim? Apenas te quero dar o melhor, de mim? Apenas me quero dar-te a ti! Preciso, necessito de ti, deste-me algo que não tinha e agora não quero abdicar! Chama-me mimada, egoísta, tudo o que quiseres, mas de ti, não abdico,nunca! Eu apenas quero ser feliz, é pedir muito? Acho que não.
E esta dor é tão real, o amor, a vida, a confiança, o coração partido, o cansaço, é tudo o que me resume. Jurei que nunca ia estar aí, recuso-me, após me teres escorraçado da tua vida (ou imaginei isso?), mas tal como sempre, volto! Porque o meu pior medo, é não te ter! Poderiam me torturar, mas sempre, para sempre vou gostar de ti!

sexta-feira, novembro 12

Ilusão

Todas as manhãs, o mesmo sacríficio, levantar e encarar o mundo. Tomo o meu banho, com as lágrimas a correr, despacho-me e ainda caem, saio porta a fora e ponho o maior sorriso cínico possível (até me doi fazer isto), finjo, finjo o melhor possível que sem ti tudo está bem, mas não passa de uma grande mentira, que no fim do dia, deitada outra vez, acaba, e as lágrimas? Essas voltam, são a minha única companhia.
Passo os dias numa ilusão, que eu própria crio, que estupidez! Até a mim própria tento mentir, mas acho que é a única maneira possível de apaziguar a dor, por umas meras horas. Os dias passam por mim, e são todos iguais, sem alegria e cheios de cinismo, é um bem-estar que nem existe (e por quanto tempo será?).
Neste momento, era suposto pensar no meu bem estar (mas nunca o fiz, porque o faria agora?) , tu és quem vem sempre em primeiro, em segundo, em terceiro, e por aí a fora. Se tu estás bem, eu estou bem, desde que te faça feliz a ti, nada mais interessa. Nem que me faça o pior mal de todos, é em ti que quero ver a felicidade estampada. Só mais um momento, só mais um sorriso teu e a minha vida está completa.
Mas certas vezes, pareces que te esqueces que sou completamente apaixonada por ti, que por ti vivo e que por ti morreria! E sou alguém que já não te interessa para nada, que é reciclável (sei que estou enganada) porque tu em certas alturas (poucas agora) mostras-me que ainda significo algo para ti (ou então sou eu que me iludo já), que estava errada, completamente errada.
E todos os dias, é o mesmo, fingir, apenas fingir.

terça-feira, novembro 9

A voz não sai. O silêncio corroe, previmos um futuro tão maravilhoso... E no fim, tornou-se um inferno, gritos atrás de gritos, discussões sem fim (não quero mais!). Ameaças sair porta a fora, deixar-me aqui a remoer todo o nosso percurso, mas sabes que assim que saires, irei atrás de ti como um cachorro perdido. Amor sem ti não sou nada, abraça-me e diz que sempre me amarás. Não importa as vezes que os gritos superaram a razão, que o sentimento parecia não existir, porque és tu que me alimentas, dás vida e levantas depois de todas as quedas que dou!
Acreditas se disser que és a única pessoa que vejo? Que és o meu mundo? Que és vida em mim?
Venero-te, desejo-te, amo-te!
Por ti daria a minha vida, abandonaria tudo e começaria um futuro novo contigo. Tu és passado, presente e futuro, és omnipresente em mim! Amo a maneira como me fazes sentir, desde o toque às palavras, fazes-me sentir acima deste mundo.

segunda-feira, novembro 8

"Shiu, fala devagar" pedes-me. Mas quero dizer tudo de uma vez, sai tudo atrapalhado, nem me consigo entender, quero te mostrar o quanto és para mim, sei que é impossível, como é que te consigo mostrar que és o meu mundo? Peço desculpa, e apenas peço que me abraces e nunca mais largues, abraça-me e deixa-me dizer o quanto preciso de ti, diz-me que ainda me amas. Por mais palavras ocas, ameaças vãs, nós teremos sempre um ao outro, porque somos assim tão sortudos. Por mais que me deites abaixo, a seguir és tu quem me levanta, por mais que me faças chorar, és tu quem as vem limpar, por mais que diga que não, é impossível deixar-te!

domingo, novembro 7

É de manhã. O silêncio é arrepiante, a maquilhagem está esborratada de todas as lágrimas que ontem escorreram. Apenas te observo, enquanto ainda dormes em pleno cenário de guerra, calmamente dormes. Ontem foi uma guerra, onde se bombardearam palavras sem pensar, ameaças sem as sentirmos. Onde por parvoíce atacamos aquilo que mais gostamos em todo o mundo, mas esquecer e seguir em frente é o que quero.
Acordas, e apenas peço-te que me abraces, a voz sai tremida, tento controlar as lágrimas, apenas quero te ter a meu lado, sentir o teu abraço e recompor tudo outra vez. No ínicio tudo parece óptimo, o díficil depois é continuar assim. E sim, certas vezes os animos exaltam-se, as palavras saem sem querer, e o arrependimento que vem a seguir quase que parece matar, mas se sentir o teu abraço, ouvir a tua voz, tudo é melhor, e é apenas o que preciso, pois aqui serás sempre tu a ganhar, mesmo que eu tenha razão. Eu só quero ser feliz ao teu lado, é tudo o que mais quero. Dás-me esse privilégio? Posso ser tua para sempre?
Tentei apagar de mim todos os teus vestígios. Aos poucos e poucos, tentei (sim, tentei!) não dizer mais o teu nome, de forma a não me lembrar de ti a todos os instantes, escondi tudo o que me deste, evitei pensar em ti, de forma a tornar isto menos doloroso, mas no fim, percebi que isso é impossível. Sim, tentei, uma vez e outra, várias até, todas sem algum efeito.
A tua marca ficou me gravada por todo o corpo, está irrefutavelmente para sempre no meu coração, quer dizer no teu, pois meu, só o meu sentimento por ti. De resto, sem dúvida alguma pertence-te, desde o primeiro beijo.
Certezas? Certezas apenas tenho uma, e uma apenas. Encontro-me perdidamente apaixonada por ti, é impossível nega-lo, quanto mais tentar escondê-lo, eu própria me denuncio. Quando te vejo, é como se mais ninguém existisse neste mundo, tu és a única pessoa que interessa, a única a quem pertenço, tu és e sempre serás o meu amor.

quarta-feira, novembro 3

A noite já vai alta, apesar da escuridão ser imensa. E nesta escuridão há palavras que ficam por dizer, e apenas um sorriso é fingido, com esperança que seja credível.
Perguntas-me o que quero, e apenas te posso responder que não quero nada e quero tudo. Dizes que queres respostas, certezas, mas e eu? Eu não quero nem respostas nem perguntas, nem certezas ou incertezas, não quero vida nem quero morte, não quero nada e quero tudo. Mas quando irás perceber que não te peço o mundo, nem o universo? A única resposta ao que quero és tu! Tu és tudo e és nada, és o tudo que anseio e o nada que escondo, és a minha fragilidade e a minha segurança, és vida e morte, és dor e prazer, és droga e magia, és tudo e nada.
Tic tac, tic tac ... O tempo acabou-se! O jogo parou! A noite foi! E o sonho também.

terça-feira, novembro 2

Tempo

O tempo passa, o relógio avança, como é de esperar. Mas eu não, eu continuo no mesmo lugar de sempre. Esperando, ansiando, desejando-te aqui, bem perto, mas não há mais nós. Tu e eu seguimos caminhos diferentes, tento preservar uma amizade que ficou, mas é díficil quando o meu coração ainda bate por ti, quando todo o meu sentimento por ti não mudou. É díficil estar contigo e não te poder abraçar, beijar.
É complicado olhar-te e esperar ouvir aquele "amo-te" que nunca mais vem, e posso esperar até ao último dia que ele nunca mais será pronunciado, ele desapareceu. Acabou! E com ele todas as promessas foram em vão e de nós apenas memórias, memórias de beijos, sorrisos, lágrimas, memórias de ti. Pensei, acreditei no para sempre que me prometeste, no mundo que me deste, em toda a felicidade que me garantiste, e tudo o que ainda quero é a ti. Quando olho para ti sinto-me tonta, anseio pelo teu toque, e necessito urgentemente da próxima dose, se não morrerei, e comigo tudo o que um dia fomos. Apenas em ti restará uma infíma parte de nós, tudo o que foi verdade, tudo o que me deste, tudo o que me amaste.

segunda-feira, novembro 1

(In)certezas!

(In)certezas que percorrem as veias, corroem o pensamento, amaldiçoam o corpo e destroem o sentimento. Magoam, cortam e crucificam este coração, pobre coitado, preso numa mente outrora inocente, agora infectada por esta sociedade demente e incosciente do que realmente é sentir, pois já o não fazem há decádas. Pensam hoje que o amor, é um simples gostar, sem mais nada, é só dizer e esse sentimento passa a existir. Ouvi várias histórias antigas, onde por amor era até à morte, onde por amor se criavam fantasias, demasiado belas, mas que me permitiram crescer a pensar nesse tão grande e maravilhoso sentimento, que um dia seria eu. Mas as incertezas começaram a aparecer, uma e outra vez, esporadicamente, até um dia ser tudo o que me restava. Comecei a duvidar, a procurar respostas e a questionar tudo à minha volta, comecei a tentar perceber quem era, mas no fim, as incertezas dominaram-me. Ocuparam tudo o que havia e levaram a sua avante, criaram o que hoje é o mais normal, alguém que não acredita no amor, porque a levaram a desacreditar. Mas afinal, o que é o amor?